Como acabar com as listas de espera de Oftalmo (sem ir a Cuba ou a Badajoz)
15 Mai 2008, 08:39h O MIRANTE
Centenas de utentes de Tomar esquecidos para consultas de oftalmologia
Há dois anos a médica de família de Ilda Santos passou uma credencial com a indicação de urgente para uma consulta de oftalmologia no Hospital de Tomar. Há 15 dias a utente telefonou para o serviço hospitalar para saber quando teria a tal consulta e foi informada de que nunca ali tinha chegado o pedido.
O Centro de Saúde de Tomar, unidade onde está inscrita, esqueceu-se de enviar o seu processo para o hospital. O seu e o de mais algumas centenas de utentes que, como Ilda, aguardavam pela chamada. A situação já levou a uma intervenção da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).
Nos serviços administrativos do Centro de Saúde da Nabância, em Tomar, há um caixote de papelão cheio de credenciais de utentes para marcação de consultas oftalmológicas no hospital de Tomar. Cartas passadas pelos médicos de família que não seguiram os trâmites normais por “esquecimento”. Esta é a palavra utilizada pelo presidente da ARSLVT para definir uma situação que diz não entender mas ter de ser rapidamente resolvida. Sem prejuízo dos utentes.
A situação das credenciais “esquecidas” foi desencadeada no final do ano passado, quando o sistema informático da saúde, denominado Alert, entrou em funcionamento no Centro Hospitalar do Médio Tejo – que engloba as unidades de Abrantes, Tomar e Torres Novas. Nessa altura o serviço de oftalmologia informou os centros de saúde que não receberia mais pedidos de marcação de consultas por carta mas sim por via informática, devolvendo à procedência as credenciais que tinham sido passadas desde Outubro de 2007 até meados de Fevereiro deste ano. E só aí se verificou que havia milhares de utentes – de vários centros de saúde da região - que estavam em lista de espera para marcação de consultas devido ao facto de aquele serviço hospitalar trabalhar por quotas.
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