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SIM - Sindicato Independente dos Médicos
Jornal Virtual do SIM
AS LISTAS DE ESPERA DE OFTALMOLOGIA
Simédicos tem observado em silêncio mas com atenção, e com inquietação crescente, esta polémica das listas de espera para consultas e cirurgias de Oftalmologia e dos protocolos das autarquias com os serviços médicos cubanos, e a imagem que as reportagens televisivas parecem estar a passar para a população de que se os doentes não são atendidos para que os médicos oftalmologistas possam ganhar muito dinheiro na sua privada. É lamentável que portugueses tenham de recorrer a técnicas cirúrgicas antiquadas e depois de longos voos transatlânticos.
É lamentável que 51 serviços hospitalares de Oftalmologia não saibam ou não consigam dar resposta atempada às necessidades de saúde dos portugueses. Os médicos oftalmologistas portugueses deveriam sentir-se envergonhados por serem todos metidos no mesmo cesto... ou então devem denunciar objectivamente que são as instituições do SNS que não os deixam trabalhar ou que não lhes dão as condições para o fazerem. Quais são, onde, como e quando. Só assim se poderá compreender porque é que por ex.º no CH Vila Nova de Gaia a lista de espera é praticamente inexistente e no H. S. João é de 3 ou 4 meses. Será que é porque nestas duas instituições se opera aos sábados todo o dia no âmbito do SIGIC?
A Ministra da Saúde, Ana Jorge, afirmou ontem no Parlamento, que na área da oftalmologia está identificada uma elevada lista de espera para cirurgias, nomeadamente às cataratas, mas que serão primeiro esgotadas as capacidades do sector público e só depois se avançará para a contratualização com os sectores privado e social. O Sindicato Independente dos Médicos está plenamente de acordo com esta postura da Sr.ª Ministra.
O Sindicato Independente dos Médicos receia até que esta questão seja apenas a ponta do icebergue, pois que há muitas outras doenças para além das cataratas e porque é sabido que os Médicos de Família, cientes da falta de resposta hospitalar nesta área da Oftalmologia, já não estão a referenciar patologias minor mas importantes a médio e longo prazo.
8 de Maio de 2008 o0/n1954/t1/D.G.L.J
2 comentários:
Lanço o repto à Senhora Ministra de fazer uma inspecção ou um inquérito publico aos serviços (hospitais) visados em toda esta questão para que toda a gente fique a saber as verdadeiras causas da falta de resposta às necessidades dos utentes.
E que publicamente assuma as medidas que justifiquem.
É bom lembrar que as regras são as mesmas para todos os serviços, os dirigentes e os profissionais é que variam, e com eles a qualidade de cada serviço
acresce a esta vergonha, o facto de serviços como o de Oftalmologia do H Pedro Hispano, Matosinhos, que não dão resposta aos pedidos de consulta dos médicos de família da área de referência (só permitindo, por exemplo, o acesso à lista de espera para consulta a doentes com relatório de Oftalmologista privado indicando diagnóstico de patologia cirúrgica), serviços como este ainda têm a brilhante ideia de ir aos Centros de Saúde de Matosinhos fazer "rastreios", com cartazes e folhetos coloridos anunciando factores de risco para cegueira, alarmando os doentes, sem oferecerem depois nem capacidade de rastrear todos os que alarmaram, nem resposta aceitável para os rastreados.
não sei como é que isto é suportado por utentes, por nós médicos de família e pelos directores dos CS!
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