quinta-feira, junho 12, 2008

Dando voz aos envolvidos

Eis o comentário aqui deixado a um post anterior e comentarios feitos:

Lino Gonçalves - Pai de Criança disse...
Em resposta ao ANONIMO. Eu so o pai da criança que morreu com cranio esmagado. Meu nome é LINO GONÇALVES e eu não esconde atras de ANONIMO. Eu não estou nesta luta para VINGANÇA ou GANHOS MONETARIOS como o senhor pensa. Eu sempre disse que a indemnização não me intressa. O que intressa é que justiça seja feita. Para, e pensa, o que fazia se voçê estava no meu lugar. Estamos nesta luta para tentar que o que aconteceu a nós não aconteca a ninguem, voçê não sabe a dor de perder um filho assim. Talvez por esconder atras de ANONIMO voçê deve ser daqueles que pensa no dinheiro e não justiça. Se quisere falar comigo o saber qualquer coisa deste julgamento pode enviar email que eu responde. jonathon02032002@gmail.com
Obrigado
Quinta-feira, Junho 12, 2008

6 comentários:

Anónimo disse...

Caro Lino Gonçalves. Ser anónimo, neste caso é de somenos importância, pois o senhor para mim também é desconhecido. Pode ser uma óptima pessoa, não duvido. Duvido do sentimento que refere por "perder um filho". Não será o mesmo perder um filho com 0 dias e perder um Pai ou Mãe ou um filho já crescido. O afecto não se compra, nem se inventa, nem tão-pouco se decide. O afecto que geramos dentro de nós está relacionado com o tempo em que nos envolvemos afectivaente com alguém. Mas isso é outro assunto melindroso. E até penso que o senhor deveria já ter sido indmnizado.
As indmnizações deveriam ser automática pois, com ou sem negligência, você e mais a sua esposa sofreram no momento do dano. Mas ao ouvir de um dos intervenientes que "só descanso quando aqueles médicos deixarem de exercer", percebi tudo. E digo-lhe outra coisa: a minha filha há 25 anos nasceu com fractura craneana, sem forceps, sem nenhum outro traumatismo. Mas partiu vários ossos do crâneo apenas por passar pela bacia da mãe. Viveu. Informei-me e passei a saberque isso pode acontecer. Se o juíz assim decidiu, deixe os médicos em paz e você e sua esposa, se de facto houve luto pela perda do seu filho que ia nascer, consultem quem de direito para resolver o chamado luto patológico.

Anónimo disse...

O juiz decidiu.
O juíz decidiu após a primeira juíza ter pedido escusa por "não se sentir capaz".
O MP acusou.
... E o mesmo MP decidiu não acusar.
E tudo isto após investigação e pareceres de pares que foram inequívocos.
...
Isto é tão mais complexo que escrever num blog...


Força pais!

Anónimo disse...

Força Juízes!

Anónimo disse...

Parece-me que aqui se está muito a referir o aspecto tragico-mediatico da cabecinha esmagada pelo forceps quando o que deveria ser equacionado e avaliado é outra coisa: SE ESTAVA EM TRABALHO DE PARTO PROLONGADO E SEM PROGRESSÂO, E SE HAVIA SOFRIMENTO FETAL, PQ É QUE NÂO FOI FEITA A CESARIANA ?

Anónimo disse...

:)
Hipóteses:
- ninguém avaliou o bem estar materno-fetal;
- a não reactividade dos CTG frequentemente atribui-se à perda de sinal e não se faz qualquer investigação para a sua não reactividade ou fcf abaixo dos parâmetros;
- Entende-se que uma primigesta "tem de ter" um longo trabalho de parto e por consequÊNCIA a vigilância à grávida é escassa;
- As equipas possuem, recursos insuficientes o que gera a quase fatal falta do dever de cuidado exigível;
- uma cesariana tem custos mais elevados e exige uma dinâmica de momento, com equipa composta por obstetra, anestesiologista e neonatologista prontos em minutos para a sua realização;

- há quem não domine todas as técnicas de forceps.


... mas o pior de tudo isto é a miscigenação da verdade com as teias de poder.

Anónimo disse...

Alto lá, Anónimo último. Isso das teias do poder intrigou-me...