quarta-feira, junho 11, 2008

Médicos de família "falham" peso correcto dos pacientes

09.06.2008 - 01h51 Lusa
Apenas 57 por cento dos médicos de família "acerta" no peso dos seus doentes e por isso muitos casos de obesidade são subestimados e mal tratados, segundo um estudo internacional apresentado no sábado em São Francisco, Estados Unidos.
Divulgado no 64º congresso anual da Associação Americana de Diabetes, um estudo de especialistas britânicos e norte-americanos comparou as descrições de peso feitas pelos clínicos com o real índice de massa corporal (IMC) dos doentes.Os resultados mostraram que seis por cento dos clínicos indica valores mais altos que o peso real e 37 por cento faz as contas por baixo. Duzentos médicos dos Estados Unidos indicaram os valores correctos de uma escala, que começa na categoria de peso abaixo do normal até à obesidade clinicamente severa. A maior percentagem (61 por cento) de peso subestimado pelos médicos diz respeito a indivíduos com excesso de peso, ou seja um IMC de 25 a 27,49 kg/m2. Logo atrás ficaram os grupos dos obesos (47 por cento) e dos obesos mórbidos (51). Os pacientes cujo peso foi subestimado receberam menos recomendações alimentares do que os avaliados correctamente. Segundo os investigadores, a identificação do excesso de peso e obesidade é crucial para a prevenção da própria obesidade e problemas médicos associados. Os resultados deste estudo sugerem que, com base apenas na observação, os médicos de família não reconhecem o peso correcto e consequentemente fazem um sub-tratamento de um elevado número de pacientes. Os clínicos acabam assim por subestimar a obesidade e a obesidade mórbida, sendo assim recomendado a medição do IMC, que inclui as medidas da altura e peso.



Este estudo foi feito nos USA e Grã Bretanha, os obesos portugueses não têm que se preocupar.

Por cá, os Médicos de Família, já usam tecnologia de ponta há vários anos, como balanças e craveiras para pesar e medir a estatura dos utentes, não o fazendo a "olhómetro" como nestes países desenvolvidos onde o estudo se desenrolou.

No entanto temos outras dificuldades, que são muito mais esbatidas depois de o Médico de Família assim como o utente saber que é obeso, para onde o mandamos?

Onde estão os nutricionistas dos Centros de Saúde?

1 comentário:

Gi disse...

"Mandamo-los" para as consultas de Cirurgia Plástica para serem cortados às postas :-(