Perto de 500 bebés portugueses nasceram em Badajoz nos últimos dois anos
12.06.2008 - 15h36 Lusa
Perto de 500 bebés portugueses nasceram, nos últimos dois anos, no hospital espanhol de Badajoz, depois de encerrada a sala de partos da unidade hospitalar de Elvas, a 12 de Junho de 2006.O director médico do Hospital Materno-Infantil de Badajoz, Marcelino Moreno, adiantou à Lusa que, desde o fecho da sala de partos da cidade alentejana e até esta quarta-feira, nasceram na unidade espanhola "495 bebés portugueses". "Mais de 90 por cento das grávidas de Elvas e Campo Maior vêm a Badajoz, apesar de também poderem optar pelos hospitais de Portalegre e de Évora, o que, para nós, é uma satisfação", sublinhou o responsável. No âmbito do acordo celebrado em 2006 entre as autoridades de saúde portuguesas e as da Extremadura espanhola, o mesmo hospital de Badajoz atendeu, nos últimos dois anos, um total de "1471 grávidas" oriundas dos concelhos de Elvas e de Campo Maior. "Destas, 746 mulheres necessitaram de ser hospitalizadas durante a gravidez", acrescentou Marcelino Moreno. Segundo o mesmo responsável, os números acumulados de dois anos de protocolo "confirmam" que o hospital de Badajoz "tem capacidade" para realizar o atendimento às parturientes portuguesas, além das espanholas. "Em cada um dos anos, a incidência dos bebés portugueses tem sido mais ou menos a mesma. Com o passar do tempo, confirma-se o que sabíamos de antemão, que não teríamos uma incidência maior de partos no hospital", sublinhou. A sala de partos do Hospital de Santa Luzia, de Elvas, fechou a 12 de Junho de 2006 e, desde então, as grávidas daquele concelho e do município vizinho de Campo Maior podem optar entre a unidade de Badajoz (a cerca de 12 quilómetros) e os hospitais portugueses de Portalegre (cerca de 60) e Évora (a mais de 80).
Quem se lembra das manifestações pelo fecho da Maternidade de Elvas?
Ninguém, mas ninguém se revolta quando se passa para melhor, é assim e sempre será.
As crianças continuaram a nascer em Badajoz e qualquer dia para lá irão estudar, se assim for o caso.
3 comentários:
De facto é verdade quando se muda para melhor, ninguém refila!
Mas no momento da mudança existe aquela sensação de perda, de luto e o desconhecido que o futuro pode trazer, isto faz com que o povo possa refilar.
Mas, se o serviço for substituído por um com melhores condições de assistência, todos se recriminam de não ter ajudado a mudar há mais tempo.
São as incongruências que só a experiência nos mostra.
Como nacionalista, esse bebes legalmente são portugueses, mas naturalmente e psicologicamente serão sempre espanhóis, porque nasceram em solo espanhol, é triste mas é verdade, é caso único no mundo, onde os naturais de um pais são obrigados a nascer no pais vizinho, por incapacidade desse país em proporcionar o nascimento em condições em solo nacional.
É triste mas é verdade.
o facto de nascerem em Badajoz e de irem para lá estudar será certamente uma decisão acertada...pode ser que tenham mais sorte, ainda mais se decidirem seguir medicina!
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