quinta-feira, janeiro 08, 2009

HOSPITAL S. JOÃO - COMUNICADO CONJUNTO DO SIM E SMN-FNAM


"Os Sindicatos Médicos (SIM e SMN-FNAM) solicitaram uma reunião, com carácter urgente, ao Presidente do CA do H.S.João para esclarecimento do teor da entrevista concedida ao Jornal de Notícias, publicada no dia 4 de Janeiro último. Segundo o Prof. Dr. António Ferreira a referida notícia é parte de uma longa entrevista concedida à jornalista Carla Soares. O texto publicado, contudo, não traduz com rigor o sentir do Presidente do Conselho de Administração relativamente ao desempenho da generalidade dos profissionais, nomeadamente dos médicos, como aliás tem sido por si transmitido em comunicados internos e ressaltado de estudos de avaliação externa. Perante os factos e a imagem difundida pelo artigo do jornal e respectivo título, o Presidente do Conselho de Administração disse ser sua intenção prestar esclarecimentos internos para que não restassem duvidas sobre as suas posições.Não deixando de se mostrar preocupado com situações de absentismo, o Presidente do CA negou ser sua intenção recorrer a circuitos de televisão para controlo da assiduidade ou da produtividade dos profissionais. Os Sindicatos fizeram notar ao Presidente do Conselho de Administração que a divulgação pública de dados do cadastro individual, como a assiduidade e seus motivos, bem como a produtividade, são de duvidosa legalidade quer em termos de Código de Trabalho quer em termos de Regime de Contrato de Trabalho em Funções Publicas.Salientámos, também, que deve ser pelo aperfeiçoamento das vias de comando instituídas (UAG e Direcções de Serviço) e de processos de contractualização interna, que estas matérias devem ser resolvidas. Relativamente à questão dos quartos particulares, foi-nos assegurado que os mesmos se destinam a doentes com indicação clínica específica ou a quem esteja disposto a pagar o diferencial de condições de alojamento, sem quaisquer outras vantagens relativamente aos doentes em geral nomeadamente na qualidade ou precedência do tratamento clínico. O Presidente do CA fez questão de salientar que, à excepção das unidades de cuidados intensivos ou diferenciadas, o standard do hospital é ter três, duas ou uma cama por unidade de internamento.Perante as informações prestadas, os Sindicatos admitem poder ter havido algum desvirtuamento das palavras do Presidente do Conselho de Administração na forma como a notícia foi publicada, lamentando as consequências que da mesma possam resultar para a imagem da Instituição. Aguardam pois com expectativa os esclarecimentos que foram prometidos aos funcionários do Hospital para que se dissipem duvidas quanto aos intentos do Conselho de Administração em matérias de controlo da assiduidade e produtividade. Deste mesmo comunicado darão conhecimento aos médicos e seus associados."


O estado está empenhado em remodelar racionalmente os comportamentos?!?

Não me parece, já que o mesmo não apela a nenhum "sacrifício" com vista a um fim colectivo e superior de interesses subjectivos de uma sociedade, vai só pelo que é preciso fazer no momento e pelo que é de assimilação imediata por essa mesma sociedade.

Qualquer que seja, esta expansão efectiva do poder administrativo sobre a sociedade civil, revela um estado modesto liberal e não o governo que sonha reconstruir de acordo com os seus planos a sociedade que afinal governa.

Os possíveis planos de uma eventual regeneração social e moral estão a ser aniquilados gradualmente, resta apenas, uma vontade de gestão optimizada de tudo, recursos humanos, físicos, financeiros, etc….

Os sonhos que comandam a vida acabaram e com eles as possíveis hipóteses de mudar a natureza humana e motivá-la, acabaram por ser substituídos por uma supostamente rigorosa "administração operacional da saúde".

Das duas uma ou estamos numa sociedade moralista ou pós moralista, parece que ao ter-se renunciado aos deveres do homem e do cidadão estamos a renunciar a primeira e a transportar-nos directamente para a segunda.

Informo a quem de direito que ainda está a tempo de reconsiderar, já que, a “religião da obrigação” se esvaziou da sua substância e o século XXI será ético, ou não existirá!

3 comentários:

Anónimo disse...

MEMAI é isso mesmo!

Abraço.

Anónimo disse...

Sempre desconfiei do Sr. Pedro Nunes. Agora tenho a certeza que é membro do PCP, depois de ouvi-lo proferir a palavra "fascista!" que nem um senhor!!!

Anónimo disse...

Ou seja, o PCA do HSJ fez marcha atrás!...