Censura?
Três médicos condenados por negligência.
Erraram ou foram negligentes?
Não compreendi a notícia de nenhum jornal.
Mas no meu entender foram bem condenados, porque provocaram danos físicos desnecessários.
Mas compreendi, que um jornal disse mais qualquer coisinha que os outros. Foi um jornal regional. Depois de descrever os factos, transcreveu parte da sentença, afirmando:
"Na leitura da sentença, o juiz sublinhou que nunca esteve em causa o estabelecimento de um nexo de causalidade entre a terapêutica a que a doente foi sujeita e a sua morte - razão pela qual os clínicos não foram acusados de homicídio -e considerou importante que haja uma “mudança de atitudes” nos doentes e nos médicos. Sugeriu mesmo a criação de um seguro que possa cobrir erros clínicos não muito graves para evitar a “política de secretismo” na classe médica, por um lado, e, por outro, que os doentes pensem de “quando qualquer coisa corre mal a culpa é sempre do médico”.
O Diário de Notícias, preferiu omitir a parte que diz respeito aos doentes e apenas escreveu:
"O juiz considerou ser necessária uma mudança de atitude por parte dos médicos em geral, pois "em nenhuma actividade da vida se está ausente de crítica e ausente de erro". "Se houvesse um seguro, os médicos sentir-se-iam mais protegidos por falhas menores e não haveria tanto secretismo em meio hospitalar. Temos aqui médicos de prestígio e não é por errarem que vão deixar de ter prestígio", disse."
O Público (o chamado jornal de referência!) censurou pura e simplesmente todas estas passagens!
O Correio da Manhã mete os pés pelas mãos e publica apenas as afirmações negativas do juíz.
Mas compreendi, que um jornal disse mais qualquer coisinha que os outros. Foi um jornal regional. Depois de descrever os factos, transcreveu parte da sentença, afirmando:
"Na leitura da sentença, o juiz sublinhou que nunca esteve em causa o estabelecimento de um nexo de causalidade entre a terapêutica a que a doente foi sujeita e a sua morte - razão pela qual os clínicos não foram acusados de homicídio -e considerou importante que haja uma “mudança de atitudes” nos doentes e nos médicos. Sugeriu mesmo a criação de um seguro que possa cobrir erros clínicos não muito graves para evitar a “política de secretismo” na classe médica, por um lado, e, por outro, que os doentes pensem de “quando qualquer coisa corre mal a culpa é sempre do médico”.
O Diário de Notícias, preferiu omitir a parte que diz respeito aos doentes e apenas escreveu:
"O juiz considerou ser necessária uma mudança de atitude por parte dos médicos em geral, pois "em nenhuma actividade da vida se está ausente de crítica e ausente de erro". "Se houvesse um seguro, os médicos sentir-se-iam mais protegidos por falhas menores e não haveria tanto secretismo em meio hospitalar. Temos aqui médicos de prestígio e não é por errarem que vão deixar de ter prestígio", disse."
O Público (o chamado jornal de referência!) censurou pura e simplesmente todas estas passagens!
O Correio da Manhã mete os pés pelas mãos e publica apenas as afirmações negativas do juíz.
O Jornal de Notícias, de 07/10/05 seguiu os passos do Público: nada, rien, niente, nothing about the judge!
O jornal regional é "As Beiras" e a jornalista Tânia Moita
4 comentários:
Mais uma vez se prova que têm de ser os pequenos a dar o exemplo aos grandes.
A superioridade e a arrogância limitam sobremaneira a amplitude de visão. É sempre assim quando os objectivos não são "contar a história", mas vender papel.
Os meus parabéns à Tânia Moita e ao jornal "As Beiras", pelo exemplo de profissionalismo.
Sempre vão havendo exemplos destes para nos renovar a esperança!
E com isto tudo, quer dizer exactamente... o quê?
isto é para vermos a qualidade jornalistica que assombra o nosso país... cada um reporta aquilo que bem entende, sem se preocupar com a importante e necessária isenção e verdade jornalistica
Porque será que neste país só a imprensa côr de rosa é que não provoca alterações físicas e mentais nos leitores?
E além disso ainda leva os ditos a sonhar em vez de os deprimir?
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