Esqueci-me da Desassossegada!
Diz a desassossegada que (e pedindo-me ajuda):
"É que fazer um aborto não é a mesma coisa que ir ao cinema ou ir almoçar fora. Não sou a pessoa indicada para explicar em que consiste uma intervenção destas, só um profissional de saúde o poderia fazer com rigor. Talvez o blog Médico Explica Medicina a Intelectuais o possa fazer por mim, mas acho que também ninguém deve estar interessado em ler descrições de raspagens uterinas e todas as complicações que isso pode acarretar, pois não? Bem me parecia. O que eu sei é que, mesmo que não haja danos maiores a nível físico, interromper a gravidez é um processo que deixa sempre sequelas a nível psicológico. Só uma mulher completamente pedrada a tempo inteiro poderia tomar tal opção de ânimo leve. É que, de facto, abortar não deve ser uma coisa nada agradável e revolvem-se-me as entranhas quando ouço alguém insinuar que uma mulher possa praticar uma violência tão grande contra o seu próprio corpo sem ter sérias razões para o fazer..."
E disse muito bem. Quem ouve de um lado e do outro, fica com a ideia que um abortamento, mesmo quando espontâneo, é uma situação tão banal como dar um espirro.
Mas enganam-se. As perturbações do foro psicológico existem e podem ser graves.
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