Ansiedade
A ansiedade é a culpada de muitas idas a serviços de urgência "atolhados" de uns e outros, sendo os outros os que realmente necessitam de cuidados médicos.
Um médico com prática mal começa a ouvir as queixas de um doente, racionalmente (utilizando um raciocínio hipotético-dedutivo) vai-se inclinando para o diagnóstico de crise de ansiedade.
Muitas queixas de doentes, começam aqui.
No blog a psicóloga, a Cláudia Morais, num post intitulado ataque cardíaco ou ataque de pânico explica em linguagem muito acessível o que se sente numa crise de ansiedade ou ataque de pânico.
(Cantinho do marialva: clicar no seu profile, aqui.)
Muitas queixas de doentes, começam aqui.
No blog a psicóloga, a Cláudia Morais, num post intitulado ataque cardíaco ou ataque de pânico explica em linguagem muito acessível o que se sente numa crise de ansiedade ou ataque de pânico.
(Cantinho do marialva: clicar no seu profile, aqui.)
6 comentários:
Verdade. Já passei por um (ataque de ansiedade) e sei bem como é. Sim, também eu acreditei que estava a ter um ataque cardíaco. Não cheguei a ir ao hospital porque consegui controlar a coisa através da respiração, pois apercebi-me que estava a entrar em hiperventilação e por isso recorri a técnicas respiratórias de relaxamento.
Depois de calminha, e já raciocinar devidamente, percebi o que tinha sido e portanto já não fui ao hospital.
E também assisti a muitos ataques de panico de uma pessoa de familia, com contornos ligeiramente diferentes: nesta pessoa a sensação era de que não conseguia respirar e corria para a janela que abria de par em par!
Continuo a ter alguma tendência para ter ataques de ansiedade nas alturas em que ando com excesso de trabalho e prazos apertados, mas até agora tenho conseguido controlá-los sem ter de recorrer a medicação ansiolítica, pois assim que surgem faço uso da respiração lenta e profunda (como a usada nas técnicas de relaxamento) e de um truquezito pateta mas eficaz, que consiste em levar dois dedos à carótida para provar à parte do meu cérebro que está no momento a "aparvalhar" (julgando que o coração parou), que o "rapaz" afinal continua a bater como é susposto! E de seguida rio-me de mim mesma, o que também ajuda a descontrair! ;-)
(deixo este relato, pois pode ser que o meu truque pateta seja útil a algum leitor)
Acredito que os ataques de ansiedade levem muitos utentes às urgências dos hospitais e que isso se torne uma sobrecarga desnecessária, mas sou de opinião que é preciso muito cuidado nestes casos, pois eu pessoalmente, conheço um caso a quem por duas vezes consecutivas no espaço de semanas diagnosticaram um ataque de ansiedade na urgência de um hostipal e afinal em vez de ansiedade o problema era... um tumor cerebral! Só à terceira ida a uma urgência hospitalar - desta feita num outro hospital - é que decidiram efectuar alguns exames de diagnóstico, tendo um TAC vindo a revelar um tumor. Apesar de ser maligno, do tamanho de um ovo e se encontrar em estado CIN5, o tumor acabou, felizmente, por ser removido cirurgicamente com sucesso.
Por isso MEMI... tenha lá paciência quando lhe aparecerem os "panickados", não vá algum deles ser "um lobo em pele de cordeiro"!!! ;-)
"atolhados"!? Sinceramente! E quer explicar umas coisas aos intelectuais! "ATOLADOS"! Depois não diga que não gostamos de si. :-)
Caro Corrector Anonymous:
Tem razão errei. Queria dizer "atulhados" e escrevi "atolhados", mas não queria dizer "atolados".
Sandra: o doente ansioso, hipocondríaco, deprimido, etc é o mais complicado para nós, não duvide. Apenas porque para além desses problemas psicológicos (para os quais não há marcadores analíticos, por enquanto) pode ter também problemas cardiovasculares ou outros. Quanto ao caso de que fala, pense nisto: esse tumor demorou a crescer anos, talvez mais de 5 anos e muitos deles assintomáticos. Não é um diagnóstico corrente nas urgências, só se já muito evoluído e com francos sinais neurológicos, para além das cefaleias. Um tumor até pode dar como sintomas uma depressão. Mas ninguém vai pensar à primeira que a cefaleia ou depressão é de um tumor...
MEMI: Não era uma crítica. Era apenas um partilhar de uma experiência.
Talvez eu devesse ter acrescentado que situação que relatei já se passou à 20 anos; que o paciente em questão tinha na altura 19 anos e que o que o levava às urgências eram "uns ataques estranhos com perda de consciência" (que provavelmente terão sido mal descritos aos médicos), ataques esses que não eram senão ataques de epilepsia secundária, provocada pela pressão do tumor. Mas o rapaz safou-se bem, foi operado no Hospital Egas Moniz e o tumor tinha uma localização simpática, pelo que foi uma remoção limpinha. Como sequelas, deixou-lhe apenas a epilepsia secundária. Acabou por ser uma daquelas histórias felizes em medicina.
Sim, realmente um ataque de ansiedade deve se assemelhar a um ataque cardíaco..Flumfi Productions
Enviar um comentário