quarta-feira, agosto 20, 2003

Sérgio Vieira de Mello

Não posso deixar de falar no SVM.
Trabalhando até às 22 h (um turno de 13 horas), como já disse às terças é o meu dia fixo, por vezes fico (ficamos) alheados daquilo que se passa à nossa volta. Só soube do acontecimento agora. Estou ainda a quente!

Simpatizava com SVM.
Foi vítima de uma arma que se chama terror. Veio-o me à memória a criança iraquiana, sem braços; veio-me à memória o camera-man que faleceu ontem, porque os americanos, com toda a sua alta tecnologia de ver no escuro, não viram no claro, que a sua câmara, afinal, não era um lança-obuses.

Isso não foi terror, foi tudo um acto libertador.

Em vinte anos de clínica, já vi muitos corpos estropiados, uns mortos, noutros assisti "ao morrer" e outros que não morreram.
Mas nunca fui à guerra!.
Mas nunca fui à guerra!.
Mas nunca fui à guerra!.

Puta de vida! (Que me desculpem os fundamentalistas dos bons costumes!)

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