Viva A Tatiana Alegria! ou A Queda de Um Mito (Nadar de Barriga Cheia Não Mata!)
Logo, quando nasci, o pai dos weblogs, Jornalismo e Comunicação, duvidava da minha seriedade em relação aos jornalistas. Compreendi.
Nas, a prova de que estava enganado, é este bilhete de euforia e exaltação a uma jornalista, Tatiana Alegria, do PortugalDiário, que num artigo (16-08-2003 19:53) desmonta o velhinho mito de que não se pode ir para a àgua com a "barriga cheia".
Vejo muitos intelectuais, portadores de enormes conhecimentos (e barriguinhas), ficarem aterrados com a ideia das congestões, vejo muitas peças jornalísticas usarem e abusarem das mortes por congestão.
Aliás, para os jornais e para os nadadores salvadores todas as mortes no mar ou no rio, são por congestão.
Mas, a Tatiana Alegria, fez a sua investigação e publicitou aquilo que há muito eu e muitos médicos já sabiam. (Mas acautelem-se, pois há muitos médicos que também acreditam ainda, no mito das congestões).
Aconselho todos a ler o artigo na íntegra, mas aqui vão alguns excertos:
- "Uma pessoa saudável pode ir brincar com as ondas cinco minutos depois de almoçar ou jantar. Chapinar no mar apresenta vários perigos, mas nadar de barriga cheia não é um deles."
-"«A digestão não exige que se esteja paradinho a seguir a uma refeição. Apesar deste processo consumir energia, uma pessoa saudável tem perfeita capacidade para nadar com o estômago cheio», diz o médico e investigador José Pedro Cansado Carvalho."
- "A paragem da digestão, também chamada popularmente «congestão», segundo este médico, «é um mito popular português»."
-"O gastroentrologista António Sarmento partilha da mesma opinião: «Morre-se no mar fundamentalmente por três razões: hipotermia, exaustão e o que se chama morte súbita»."
-"... a necessidade de entrar na água devagar para que o corpo se habitue à baixa temperatura."
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