Futuros Médicos: O Que Pensam Do Cancro E Dos Cuidados Paliativos ?
"Caro Médico que explica (caro futuro colega)
Tenho lido o seu blog nos últimos dias (como sempre), tendo assistido não só à "rixa" (hesitei em usar esta palavra mas faltou melhor) como à transcrição dos e-mails que lhe têm enviado...
Não quero de modo algum desvalorizar a dor que é a perda de familiares próximos (ou não) ou amigos, .../... de modo a que tenho todo o respeito por quem por isso passou porque infelizmente sei que chegará a minha vez. Sei muito bem que as pessoas não duram para sempre, só não tive a infelicidade de ser atingido por uma dor dessas...
Creio eu, e segundo conversas com professores da Faculdade e médicos amigos, que há meses inquiri sobre este assunto, há anos não se morria de cancro. Se bem que o médico soubesse que de tal se tratava, a família ficava a saber que era "morte natural"... Tudo bem até aqui... Morrer de velhice, morrer de morte natural, era assim que se morria. Fazia sentido em pessoas de certa idade.
No entanto, tudo muda de figura, quando se tem contacto com crianças vítimas cancro. Muitas delas até sobrevivem, outras não têm a mesma sorte... E é verdade que custa ver idosos à beira da morte (vejo-o bastantes vezes, infelizmente). Mas custa muito mais ver crianças nessa situação.
Por uma vez tive oportunidade de visitar o piso 7 do IPOFG, o Serviço de Pediatria. As palavras não fazem justiça às imagens que guardo. A tristeza, a desolação de crianças, pais, amigos...
E haverá apoio governamental extraordinário para esta situação? Ou apenas as ONGs, as IPSSs?
É de lembrar que algumas destas crianças serão os professores de amanhã, os médicos de amanhã, quem sabe, os políticos de amanhã...
Talvez saiba responder a esta pergunta: o que se faz por estas crianças?"
Lixinha (?) do blogue 100Norte.
Não sei, não! Não lhe sei dar uma resposta! Ou melhor, até sei, mas não quero dar.
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