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E-mail amigo foi enviado para a caixa do correio com uma mensagem de uma lista de discussão de médicos de família.
"Olá colegas
Por aqui em Lisboa tem acontecido algo "interessante".
O empregado da farmácia "faz o teste", "receita " o medicamento "em promoção", por glicémias "em risco de vir a ter diabetes", ou colest. "um pouco alto" (precisava de medicamento urgente...) e manda ir ao médico para passar a receita e receber a participação. E só agora está a começar...
Futuro risonho, a "ética" profissional destes empregados da farmácia, é ditada pelos produtos em promoção, por acaso os mesmo que nos bombardeiam à porta do CS...
Depois o número de medicamentos "esgotados" (outros, não em promoção...) não pára de crescer, será que há medicamentos sem interesse e ficam esgotados logo na sua requisição? De qualquer modo, como não temos terminais ligados às farmácias, como saber que alternativas, não estão "esgotadas"?
Enquanto que estamos inibidos de entar no terreno de outros profissionais, na promoção e comercialização; publicidade, farmácias, EAD; nada impede no entanto, que estes penetrem no nosso terreno. Ainda há pouco vi um "stand" de livros para enfermeiros e entre outros, lá estavam volumosos livros sobre farmacologia e terapêutica, mais um sinal dos tempos?
Outro caso, um doente que tem feito o acompanhamento por HBP sem queixas, e tinha feito há meses PSA que até estava baixa (1), viu uma campanha na TV e insiste que quer repetir os exames, pois "eles disseram que era importante fazê-los já"...
Muita publicidade e promoção de produtos, disfarçada de informação e os modos de atacar são crescentemente diversos, até à publicidade furtiva...!!!
Outro motivo de aumento de procura, é que os sub-sistemas estão a fechar as portas e mandam as pessoas inscrever-se e recorrer ao CS, alguns já estavam inscritos, mas só agora passam a fazer as consultas no CS e o resto.
Outra, é de pessoas que têm seguros de empresa, mas preferem recorrer ao CS, para quê pagar ao seguro, se nós é que fazemos o serviço?
Depois um que deu uma queda no serviço, e o respectivo seguro envia-o ao CS para fazer os exames e ter baixa...(relato expontâneo do próprio na altura) que eu pús como acidente profissional e depois vem a mulher ou mãe, dizer que a queda tinha sido em casa, naturalmente..., e que ele se tinha enganado...E as funcionárias a dizer para eu "regularizar" a situação, a contento do pedido do utente, assim reforçado na sua aspiração parasitária!!!
Logo fica uma estranha sensação que o mundo à volta não pára...e não vai para mais transparência e rigôr...Ai governança!!!
E que meios temos de justiça e aplicação das regras declaradas e implicitas!!! ou correcção dos desvios? Ou que incentivos ao procedimento pelas regras? É nossa missão fazer de polícias do sistema, armados em D.Quixote, contra tempestades, moinhos, mellos&cia ??
Continuamos o bombo da festa...???!!! O alvo a abater?? por ser o único com o real poder???!!! Note-se que também com o poder de reforçar a identidade local, de refazer comunidades, logo de se opôr eficazmente à anómica mediatização fragmentatória do eu!!! Sua infantilização consumista!!!
Um abraço, ainda na fase de agitação contra o desânimo, a agressão estrutural e a falta de controlo."
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